sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Esticando o assunto

Duas historinhas relacionadas ao texto e ao comentário do post abaixo. Por ordem:

1) Ascendência hierárquica - Fazia tempos que não ia visitar a obra do shopping que estão construindo aqui em POA. Eu, como assessor do empreendimento, fui lá fazer umas fotos para registro e para eventuais pedidos de jornalistas que acompanham o andamento do negócio. Isso evita todo um transtorno gerado a cada pedido de reportagem que quer levar fotógrafo lá para andar por tudo. Como foi dito abaixo, o trabalho com engenheiros requer uma certa engenharia. Visitantes "alienígenas" não respeitam normas de segurança, vão com calçado inapropriado, precisam de capacete, óculos de proteção e algumas autorizações de acesso. A idéia é eu fazer as fotos e passar para quem precisar. Enfim, esse era o objetivo, mas, como eu disse antes, fazia um tempo que eu não ia lá e a obra passou para uma segunda fase com a fundação e vigas prontas. Assumiu a função toda uma empresa de engenharia especializada para erguer as paredes. A empresa nacional trouxe do centro do país a mão-de-obra especializada para algumas funções chaves. Por isso ficou comum ouvir entre os engenheiros chiados cariocas e erres característicos de paulistanos. Agora, adivinha qual era o sotaque e origem do cidadão responsável pela guarita de portaria? Bom, faça sua aposta. O que posso dizer era que este senhor provido de uma cabeça avantajada nunca tinha me visto e por isto ignorou a minha apresentação ao tentar o acesso ao local (de carro, ainda mais). "Sem crachá não entra", "Visitante só com autorização do Seu Fulano (o manda-chuva do pedaço), mas ele está em horário de almoço (quase 15h)". Desci do carro. Foi quando tentei explicar que era da assessoria de imprensa e que pretendia fotografar. Piorou a coisa. "Rapaz, se o senhor é da imprensa, só com autorização do Seu Fulano (manda-chuva) e da área responsável (no caso, eu mesmo)". Liguei para o Seu Fulano e ele não atendeu. Então falei com o Doutor Beltrano (o manda-chuva do manda-chuva) que pediu para falar com o nosso porteiro. Passei o celular e só escutei. "Sim, senhor. Sim, senhor. Entendi, sim, senhor...". Ele me passa o telefone de volta e o Doutor Beltrano diz que está tudo esclarecido e me deseja bom trabalho. Desligo e então o porteiro me diz. "Rapaz, eu sei que ordem do Doutor Beltrano é ordem de Deus, mas o senhor terá que esperar o Seu Fulano do almoço porque ele me deu ordem para não deixar entrar jornalista sem autorização..."

2 - Tocos
Cecconi, fã iconteste do professor Ungareti, talvez não tenha ouvido o que ouvi numa aula recente a posição do nosso mestre sobre tocos. Ele desce a lenha. Mas como ele desce a lenha em tudo, não é só nisso, tá tudo em casa. Esses dias eu fui convidado a participar de um café da manhã-coletiva de um sindicato co-irmão de uma associação que assessoro. Não vou entrar no mérito de qual é o setor que este sindicato representa, mas na saída do café foram entregues alguns brindes para os jornalistas. Cada um recebeu uma caixa de porte semelhante àquelas entregues para funcionários de empresas em época de Natal com um belo rancho. No caso aqui, cada caixa tinha uma bela quantidade de folders e prospects de produtos de empresas filiadas ao sindicato, além de alguns produtos que estas manufaturam. Não sei o que farei com a fralda geriática ou o absorvente de fluxo intenso que ganhei, mas os filtros de café, guardanapos, papel toalha, cadernos e, principalmente, papel higiênico serão muito úteis. Faz uns três meses que passei a morar sozinho, pouco fico no apartamento. Por isso, uma única vez comprei um pacote com quatro rolos de papel higiênico. E ele nem acabou. Ganhei mais um pacote agora só que com um diferencial: o pacote me pareceu a primeira vista meio pesadão. Fui ver e a explicação estava no fato de cada rolo valer por três. 90 metros. Vezes quatro, trezentos e sessenta metros de limpeza íntima. Terminarei de pagar o apartamento antes de precisar comprar papel higiênico novamente.

5 comentários:

Tiago Ornaghi de Aguiar disse...

O que quer dizer co-irmão?

Tiago Ornaghi de Aguiar disse...

E o que quer dizer prospects?

ELMO disse...

Brinde bem dado é isso! Foco nas necessidades do cliente.

Alvaro Bueno disse...

O co-irmão é alguém muito próximo a outrém, tal qual irmão, porém não é irmão.

O prospect é um folder com um objetivo de vida: conquistar novos clientes.

Tais explicações tu só encrontrará aqui, porque eu acabo de inventá-las.

Alvaro Bueno disse...

Cecconi,

eu tenho uma camiseta polo branca escrita do lado esquerdo do peito (o do coração) "Produtor Rural". Nunca usei.

Por favor, passe endereço para entrega.