terça-feira, 22 de janeiro de 2008

10 anos

Um texto para lembrar de um fato histórico para os integrantes deste blog. Vamos comemorar, dentro de algumas semanas (Álvaro, tu lembra a data certa?), dez anos de convivência. Em 1998, entrávamos para a Fabico, num dia onde enfrentamos o até então temido trote.

Como esquecer daqueles lábios carnudos que me passaram um Halls logo no primeiro dia de vida acadêmica? Do garoto quieto, porém onipresente, sempre de boné, o disfarce perfeito para um estelionatário do grêmio estudantil do IPA? De um colega de aparentes 13 anos, camiseta tricolor, dono de opiniões fortes e contraditórias, típicas de um jovem que começa a ser dominado pela testosterona?

Mas nenhuma lembrança é tão marcante quanto a do menino culto, que vivia pelo pátio com um livro na mão. Principalmente pelo tórrido caso que tive com sua progenitora. Um affair tão intenso que agentes de Hollywood compraram nossa história. Um ano mais mais tarde, assistíamos na telona a iniciação sexual do personagem Finch com a mãe de Stifler, em American Pie.

E assim como estes, muitos outros personagens daquele primeiro dia seguem na minha memória. Por onde andará Monique, hostilizada por carregar uma camisinha na carteira? Fábio, o Gótico? Anabol, que fez bixo jogar no outro time por uma noite?

Se alguém souber, faça o favor de informar à este blog.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Pelo menos os spams são fiéis

É um orgulho escrever para esse blog, que atrai cada vez mais e mais leitores famintos pelos nossos comentários inteligentes e notícias pessoais divertidas. E receber comentários do CresceNet só faz aumentar a certeza de que estamos no caminho certo. Logo desbancaremos o Technorati. Mas, enquando a ribalta não chega para nos trazer fortuna em troca de pouco trabalho, aproveito para dar seguimento à correspondência pessoal.

Não corri a São Silvestre, Cecconi. Passei o Réveillon no Imbé. Praia que testemunhou a primeira Corrida Rústica Sem Apêndice Atrás do Ônibus. Evento esportivo que se tornou tradicional do litoral norte gaúcho, tendo chegado à sua oitava edição neste ano.

De volta a Porto Alegre, estou passando um calor dos infernos. A média térmica dessa cidade deve estar chegando aos 47 graus Celsius. Lembra muito aquela tarde que passamos jogando futebol embaixo de um telhado de zinco num ginásio sem ventilação. Lugar perfeito para a prática desportiva durante o verão porto-alegrense.

Tenho me alimentado de soro caseiro gelado e tentado ficar parado para não produzir calor. Tomo de quatro a cinco banhos frios por dia. E passo acordado a maior parte da madrugada ouvindo os vizinhos se jogarem das janelas em desespero.

O Rio Guaíba começa a evaporar quando chega o meio dia, criando uma espessa nuvem de vapor que cobre toda a cidade. É impossível enxergar qualquer coisa e respirar é um desafio incrível quando a umidade do ar chega aos 230%.

Mas Porto Alegre segue linda. Quando chega o pôr do sol, ao longe é possível ver o céu tingido com as cores dos incêndios espontâneos de alguns prédios no centro que derreteram durante o dia. E o calor se dissipando cria miragens lindas que multiplicam o marrom da vegetação morta das ruas e avenidas.

Mas tudo bem, pois "o Araketu (ainda) é bom demais."