quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Balanço dos fios brancos e quilos a mais

Vamos marcar um encontro para esse fim de ano em Porto Alegre.

Estarei pela cidade entre os dias 20 de dezembro e 5 de janeiro.

Aí poderemos chutar as canelas uns dos outros ao vivo, comparar barrigas e carecas. Além de discutir formas mais ou menos eficazes de tingir costeletas que vão ficando embranquecidas e contar os filhos que espalhamos pelo mundo.

Aos machos desgarrados que foram forjar a fama de desbravados para longe dos pagos cabe informarem as datas em que estarão visitanto a mamãe e o papai em Porto Alegre.

Espero sugestões de datas e lugares.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Nota oficial

Saiu a pouco no Paulínia News:

"A Associação de Majores da Grande Campinhas e o Comando do Exército Brasileiro de Paulínia vêm a público atestar a indolência dos funcionários administrativos da Cia. Petrobrás. Embora aprovados em concurso públicos, os componentes desta operação petrolífera não possuem capacidade de instruir um subalterno na montagem de estruturas de eventos ou um padeiro a estacionar uma Fiorino. A passagem de um beiçudo careca em nosso quartel perturbou a rotina do alojamento da escola de cadetes tal qual uma peste, ao ponto destes aspirantes terem se tornado malemolentes imprestáveis para a defesa da nação.
À direção desta Companhia, o Exército Brasileiro pede que se analise um pedido formal de escusas e o encarceramento do dito funcionário em alguma plataforma da Ilha do Governador."

Voz do Povo Brasileiro e da Pequena Vitória

Diante da falta de espírito público de que se arroga meu amigo, e preocupado com a ausência que a figura paterna pode ter no desenvolvimento emocional de uma criança inocente, cubro-me com a toga dos probos e éticos dessa nação para reiterar as denúncias de descaso nos âmbitos público e privado demonstrado pelo missivista abaixo.

No primeiro parágrafo do texto, PV estufa triunfante e orgulhoso o peito para declarar sem meias palavras que "nada na minha longa biografia de homem público autoriza-o a acusar-me de aproveitador, indolente ou negligente com meus deveres familiares e profissionais". Esse ímpio homem público é o mesmo que no final do texto justifica seu salário incompatível com a miséria em que parcela significativa do povo brasileiro se encontra atolada dizendo que "este sabe muito bem que os míseros sobejos que aqui me chegam (sic) são parcela insignificante dos volumosos desperdícios do Estado brasileiro".

A fraude intelectual do argumento não passará despercebida. Quantos funcionários equivalentes ao PV existem nas estatais brasileiras? Qual o montante de recursos públicos que são destinados para os luxos e mordomias desses ditos "funcionários públicos"? Obviamente o problema não é individual, mas coletivo, e toda a nação alimenta, em algum nível, a esperança de que a solução para esse e outros descalabros surja de dentro da máquina pública. Estrutura essa que, na teoria, está aí para bem nos servir.

Mas esses são pontos mais complexos e sobre os quais não me sinto competente para discorrer com propriedade. Vamos ao ponto que pode soar mais mundano, mas que, por razões sentimentais, me tocam mais sensivelmente: a criação da pequena Vitória.

É cientificamente conhecida a importância que o afeto paternal tem no desenvolvimento emocional e intelectual das crianças durante os primeiros meses de vida. E é justamente nessa fase tão plena de significado e importância que o PV se faz ausente. Ausência que poderia ser justificada por qualquer motivo menos agotista e alheio à família do que viajar de férias a bordo de um transatlântico. E as justificativas de trabalho, pouco convincentes, elencadas pelo missivista não satisfazem nem ao leitor mais desatento. Todos sabemos o que acontece a bordo dessas embarcações de fama internacional.

Por último, quero defender o povo capixaba e amazonense, bem como toda a população do Estado de Sergipe, que foram injustificadamente vilipendiadas pelo meu adversário em letras que se arroga um certo ar de superioridade. De capital importância foram e são esses Estados e suas populações para a formação, consolidação e desenvolvimento do território nacional. Não preciso lembrar a ninguém os enormes valores pessoais e institucionais desses três Estados.

Com um abraço me despeço com um nó na garganta diante do descaso apresentado por alguém que eu considerava em alto grau.

Direito de resposta

Prezado Café,

Recebi com o devido desdém e desprezo as insinuações de seu artigo maldoso e inverídico. Nada na minha longa biografia de homem público autoriza-o a acusar-me de aproveitador, indolente ou negligente com meus deveres familiares e profissionais.

Compareço de cabeça erguida diante dos públicos dos quais Vossa Senhoria ousadamente arroga-se como advogado. Sinto-me plenamente justificado. Embora nada me obrigue a tal, adiante exponho meus motivos.


Quanto ao meu pai: durante a citada viagem, servi de tradutor e guia turístico, além de garoto de recados, secretário particular, fotógrafo, carregador de malas, garçom de buffet, provador de alimentos de origem duvidosa e outras funções adjacentes;

quanto a minha filha: eu a sustento com o suor do teu rosto;

quanto a minha esposa: esta aproveitou minha ausência para ir a Porto Alegre. Aliás, como consolo para possíveis descontentamentos, ela é constantemente lembrada das outras unidades operacionais da minha empresa, disponíveis para transferência (Espírito Santo, interior de Sergipe, coração da selva amazônica);

quanto ao povo brasileiro: este sabe muito bem que os míseros sobejos que aqui me chegam são parcela insignificante dos volumosos desperdícios dessa complexa estrutura institucional que subsiste mediante sistemático e inexorável consumo de impostos, ora denominada Estado brasileiro.

Muito obrigado.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Hombridade

Um homem, que vive dos impostos que toda a população brasileira paga, faz uma filha na sua mulher depois de tê-la levado para longe da própria família, para uma cidade erma no interior tórrido de São Paulo, abandona a casa menos de seis meses depois do nascimento do bebê para viver o luxo proporcionado pelas benesses conquistadas pelo pai em anos de trabalho duro. Quantas ave-marias e quantos pai-nossos para dirimir isso, PV?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Notícias do Zé Eleutério

O Zé Eleutério, que foi durante muito tempo o melhor jogador do Sport Club Piracanjuba Fussball Clube Fantastic Globetrotters, está morando em Nova York.

O cara está fazendo um estágio em uma agência de publicidade por lá -- parte de um programa de intercâmbio de um curso que o cara estava fazendo aqui em São Paulo.

Agora, ele deve voltar para o Brasil para trocar o passaporte dele de estudante para trabalhador e tentar voltar os States para trabalhar oficialmente numa agência de lá.

Ele já estava por lá quando eu estava terminando o meu curso, mas não conseguimos marcar um tempo para nos encontrarmos. Algo muito parecido com o que acontece com o Spanholi, que eu ainda não vi falando "você" e "com certeza".