terça-feira, 28 de agosto de 2007

E no Pampa Safari...


Juro que não tenho a intenção de mergulhar esse blog numa onda de bestialismo nem nada assim, mas a coisa às vezes se impõe. Nos primeiros dias do blog, escrevi (mas não cheguei a publicar) um post sobre a curiosa história do cara que casou (e depois enviuvou) de uma cabra. Aí teve aquela vítima de crime passional, que abalou a Paraíba. Essa semana teve o camelo sem critério.

Esses dias fiquei sabendo que causou sensação no Festival Sundance de filmes independentes o documentário que fizeram sobre Mr. Hands. Esse camarada freqüentava uma fazenda, em Seattle, que promovia “encontros inter-espécies” e se apaixonou por um cavalo que vivia no lugar. O amor entre os dois não era platônico e, durante um ato de arrebatamento, seu parceiro teve uma ereção, provocando a sua morte.

Agora vamos com calma e cuidado. A mais recente notícia sobre essa forma incomum de interação é uma verdadeira bomba em termos de potencial para humor de mau-gosto. Dentro de uma interessante matéria sobre ataques de símios à plantações da vila de Nachu, no Quênia, lê-se que os macacos assediam sexualmente as mulheres que protegem essas propriedades. Uma entrevistada relata que os chimpanzés agarram seus seios e fazem gestos obscenos na direção de suas partes privadas.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Violência doméstica

Ninguém mais segura a criminalidade. A coisa tá demais. Vejam o caso desse malfeitor violento e dessa inocente senhora autraliana de 60 anos. Ela cuida dele, abre as portas de sua casa e o que ganha em troca? O pior é que o animal já tinha tentado com outros habitantes da casa.

É o fim do mundo. Se pelo menos o criminoso fosse malufista teria seguido a máxima do "estupra mas não mata".

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Walker Texas Ranger

Melhores momentos do pior programa jamais feito.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Projeções para o cenário econômico global

Recado para analistas de mercado financeiro, consultores de gestão de riscos, macro-economistas. Podem acreditar, a coisa vai ficar feia até o fim do ano. Isso eu garanto e a explicação é simples: eu.

Eu devo receber lá por dezembro um dinheiro que por alguns anos fui depositando num título de capitalização. A bolada, desde o início, tinha como objetivo viabilizar uma viagem. Já vislumbrando essa possibilidade como algo mais concreto, comecei a cogitar as possibilidades. Com esse dólar barato, pensei, bem que eu podia ir conhecer o fabuloso império ianque e voltar de Nova Iorque ou Los Angeles com o status de sacoleiro globalizado.

Foi o suficiente para ocasionar a turbulência no mercado internacional, provocada pela crise do setor imobiliário dos Estados Unidos e que fez o dólar voltar a subir depois de um bom período de queda.

Alguém lembra desde quando o dólar começou a cair? Eu lembro. Ali por 2005 eu tinha planejado uma outra viagem. Era na verdade uma indiada. Mas, enfim, tem que dar desconto, porque profissional liberal não tem férias. E quando uma conjunção de fatores permite uma saída de descanso, vale daí até as indiadas.

Não sei se hoje pensaria nisso, mas na ocasião me pareceu razoável pegar um ônibus até Campo Grande (MS) e depois Corumbá. Atravessar a fronteira com a Bolívia e embarcar no "trem da morte" até Santa Cruz de La Sierra. Avançar até La Paz, passando por Cochabamba rapidamente e seguir para Copacabana (Lago Titicaca). Entrando no território peruano, seguir por Puno até Cuzco (Macchu Pichu) e voltar para Nazca (litoral). Daria ainda para conhecer Lagunas, Salares e o Atacama.

Estava tudo definido, programado. Mochila nova, saco de dormir, tênis comprados. Uma boa quantidade de dólar, suficiente para sobreviver diante do fraco peso boliviano com certar mordomias. Mas eu só tinha uma janela em junho daquele ano que me permitiria dar essa saída. O que poderia dar errado? Pois é.

A viagem não saiu e fiquei então com uma coleção de notas do Ben Franklin guardadas, acompanhando queda após queda... Esse ano, com a cotação a menos de dois reais, tive que me desfazer das notas para dar conta de umas taxas da aquisição do apartamento. Por esta história linda e triste e pela nova viagem que eu só pensei na possibilidade de fazer, posso assegurar Bolsa indo às chamas, recessão na economia norte-americana e o escambau.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Esticando o assunto

Duas historinhas relacionadas ao texto e ao comentário do post abaixo. Por ordem:

1) Ascendência hierárquica - Fazia tempos que não ia visitar a obra do shopping que estão construindo aqui em POA. Eu, como assessor do empreendimento, fui lá fazer umas fotos para registro e para eventuais pedidos de jornalistas que acompanham o andamento do negócio. Isso evita todo um transtorno gerado a cada pedido de reportagem que quer levar fotógrafo lá para andar por tudo. Como foi dito abaixo, o trabalho com engenheiros requer uma certa engenharia. Visitantes "alienígenas" não respeitam normas de segurança, vão com calçado inapropriado, precisam de capacete, óculos de proteção e algumas autorizações de acesso. A idéia é eu fazer as fotos e passar para quem precisar. Enfim, esse era o objetivo, mas, como eu disse antes, fazia um tempo que eu não ia lá e a obra passou para uma segunda fase com a fundação e vigas prontas. Assumiu a função toda uma empresa de engenharia especializada para erguer as paredes. A empresa nacional trouxe do centro do país a mão-de-obra especializada para algumas funções chaves. Por isso ficou comum ouvir entre os engenheiros chiados cariocas e erres característicos de paulistanos. Agora, adivinha qual era o sotaque e origem do cidadão responsável pela guarita de portaria? Bom, faça sua aposta. O que posso dizer era que este senhor provido de uma cabeça avantajada nunca tinha me visto e por isto ignorou a minha apresentação ao tentar o acesso ao local (de carro, ainda mais). "Sem crachá não entra", "Visitante só com autorização do Seu Fulano (o manda-chuva do pedaço), mas ele está em horário de almoço (quase 15h)". Desci do carro. Foi quando tentei explicar que era da assessoria de imprensa e que pretendia fotografar. Piorou a coisa. "Rapaz, se o senhor é da imprensa, só com autorização do Seu Fulano (manda-chuva) e da área responsável (no caso, eu mesmo)". Liguei para o Seu Fulano e ele não atendeu. Então falei com o Doutor Beltrano (o manda-chuva do manda-chuva) que pediu para falar com o nosso porteiro. Passei o celular e só escutei. "Sim, senhor. Sim, senhor. Entendi, sim, senhor...". Ele me passa o telefone de volta e o Doutor Beltrano diz que está tudo esclarecido e me deseja bom trabalho. Desligo e então o porteiro me diz. "Rapaz, eu sei que ordem do Doutor Beltrano é ordem de Deus, mas o senhor terá que esperar o Seu Fulano do almoço porque ele me deu ordem para não deixar entrar jornalista sem autorização..."

2 - Tocos
Cecconi, fã iconteste do professor Ungareti, talvez não tenha ouvido o que ouvi numa aula recente a posição do nosso mestre sobre tocos. Ele desce a lenha. Mas como ele desce a lenha em tudo, não é só nisso, tá tudo em casa. Esses dias eu fui convidado a participar de um café da manhã-coletiva de um sindicato co-irmão de uma associação que assessoro. Não vou entrar no mérito de qual é o setor que este sindicato representa, mas na saída do café foram entregues alguns brindes para os jornalistas. Cada um recebeu uma caixa de porte semelhante àquelas entregues para funcionários de empresas em época de Natal com um belo rancho. No caso aqui, cada caixa tinha uma bela quantidade de folders e prospects de produtos de empresas filiadas ao sindicato, além de alguns produtos que estas manufaturam. Não sei o que farei com a fralda geriática ou o absorvente de fluxo intenso que ganhei, mas os filtros de café, guardanapos, papel toalha, cadernos e, principalmente, papel higiênico serão muito úteis. Faz uns três meses que passei a morar sozinho, pouco fico no apartamento. Por isso, uma única vez comprei um pacote com quatro rolos de papel higiênico. E ele nem acabou. Ganhei mais um pacote agora só que com um diferencial: o pacote me pareceu a primeira vista meio pesadão. Fui ver e a explicação estava no fato de cada rolo valer por três. 90 metros. Vezes quatro, trezentos e sessenta metros de limpeza íntima. Terminarei de pagar o apartamento antes de precisar comprar papel higiênico novamente.

Atalhos corporativos

Eu trabalho numa grande empresa, com todas as características de corporação que vemos retratadas em filmes, séries, tirinhas. A vivência nesse tipo de ambiente serve para tornar essas sátiras bem mais interessantes. Adoro o The Office, série que passa no FX e morro de rir com o Dilbert. Mas é curioso notar que, às vezes, a vida real pode ser mais engraçada (ou irritante, ou absurda) que a ficção.

Na minha grande empresa prezam-se sobremaneira os procedimentos. O Padrão Operacional é tudo, rege sobre o mar e a terra. Mas os longos braços das instruções normativas não alcançam tudo, deixando alguns espaços vazios na vida corporativa. Engenheiros e contadores enlouquecem nessas situações. E a minha grande empresa foi construída por (e para) engenheiros.

Em julho, nos mudamos para o novo prédio administrativo. Maravilha da arquitetura, amplos espaços de circulação, jardins de inverno com teto de vidro, inovações ergonômicas por todos os lados. Mas na hora de ocupar, surgem os problemas. Nas salas, a altura das divisórias que cercam as mesas (as ‘estações de trabalho’) era superior à altura da maçaneta das janelas. O resultado é um camarada ajoelhado em cima da mesa para abrir a persiana. Além disso, o layout do projeto previa todo mundo no mesmo ambiente, costas voltadas uns para os outros e monitores à mostra de todos. Um moderno conceito de compartilhamento de espaço, execrado por todos os chatos que gostam da velha privacidade, seja pra redigir contratos sigilosos, jogar tetris ou ler blogs falaciosos.

Quando os colegas da minha gerência, alguns meses atrás, perceberam essa irritante característica da sala, começaram uma batalha épica contra os padrões e procedimentos. Como de hábito, ainda mais numa empresa de engenheiros, a gerência de comunicação, onde trabalho, é conhecida como um setor nada enquadrado. Mas nós tentamos os caminhos tradicionais. Solicitações por escrito, reuniões sobre o assunto, longas deliberações. Durante a fase de planejamento, na consolidação do projeto, no momento da implantação. Tudo tiro n'água.

Mas na hora da montagem das salas, não existiam engenheiros nem gestores no prédio novo. Todos estavam ocupados com as mudanças dos seus departamentos. Na comunicação, uma comissão indicada para uma última tentativa. Tive a honra de integrar esse grupo de trabalho. A sala nova foi fechada, ocupada apenas pelos montadores, sujeitos simples contratados apenas para essa tarefa, não conhecedores da empresa, incapazes de diferenciar o PV do Gerente Geral. Momento perfeito para o início das operações. Com pose decidida e segura, comecei passando ordens confusas e em um tom levemente autoritário. Eu levava na mão um desenho técnico (na verdade, uma ampliação escaneada do projeto, alterada toscamente no Microsoft Picture Manager, aquele programinha de segunda que vem com o Windows). Com a expressão carregada, interrogava os infelizes. "Por que está sendo montado desse jeito?", "Quem alterou o projeto?". Os montadores trocavam olhares aparvalhados.

Os dois colegas que me acompanhavam partiram para o ataque, no mesmo estilo patrola. Abraçaram duas divisórias e começaram a girá-las. Sempre com muita falação, olhares sérios, comparações com o "projeto". Os rapazes agora estão confusos. Hora da primeira leva de bonés e camisetas promocionais. Um deles toma coragem. "Na verdade, a gente precisava de autorização do seu Valdemar". Eu fico em silêncio. Com um olhar compreensivo, peço para ele aguardar um momento.

Aí veio o golpe de mestre, um daqueles momentos que, quando lembrado, vai sempre encher meu coração corporativo de orgulho. Eu e um colega, desses com 25 anos de empresa e uma intocável aura de respeitabilidade, vamos até o Valdemar. O homem tá atolado, umas vinte salas em montagem, o cronograma da mudança atrasado. Um sujeito e tanto, o Valdemar. No crachá, se lê 'capataz'. Isso mesmo, o cara não é engenheiro, nem planejador.

- Valdemar, no espaço entre as duas baias do centro não cabe a impressora nova. A segunda baia tem que recuar um pouquinho.
- Mas tem espaço pra impressora no projeto.
- É, mas para a impressora antiga, a nova é maior.

O Valdemar sabe que nós trocamos de impressora. Ele até fez umas cópias das fotos no último churrasco.

- Tem espaço no fundo? Pede pro rapaz que tá lá ajeitar.
- Ele disse que precisa de ordem sua.

Prendendo a respiração, assistimos, de dentro da sala, o Valdemar passar correndo, enfiar a cabeça pela porta. "Faz a alteração que eles indicaram, não tem problema". Nós nos oferecemos para dar uma mãozinha. Depois de resolver umas questões relativas à passagem de cabos elétricos e de rede, processo agilizado pela farta distribuição de mais bonés e camisetas (e umas canetinhas 'dessas de metal'), nos instalamos. É a única sala de todo o prédio que tem um layout diferente, para a gerência que detém o recorde de uso de internet (tanto no tempo como nos megabytes). Na primeira visita, os engenheiros sempre torcem o nariz, mas sabem que, na real, é muito complicado autorizar uma modificação agora.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Cabeça vazia, oficina de debilidade

A senóide daqui do meu trabalho parece que resolveu que agora era hora de descer a ladeira. Isso significa mais tempo para a minha cabeça se ocupar com infâmias e eu me ocupar com atividades de utilidade duvidosa. Entre elas, atualizar com mais freqüência os meus vídeos preferidos no Rodotubo. Começo no sábado com uns clipes e uns filmes

Pra começar, resgatarei alguns videoclipes peculiares como esse do tal Ok Go, que descobri não faz muito, mas que, enquanto eu fiquei nesse período de trabalho 100%, parece ter virado fenômeno de You Tube e feito vários na seqüência. Esse em especial me lembra o quanto é constrangedor ir a festas corporativas, formaturas e assemelhados e ver o cara da contabilidade se esmirilhando num estilo John Travolta.



Retomo o Rodotubo no final de semana com os clipes e uns filmes estranhos que andaram passando por aí (entre eles, aquele que traz numa talagada só o Stallone, o Michael Caine e o Pelé resolvendo a parada entre nazistas e aliados numa partida de futebol...)