terça-feira, 29 de maio de 2007

Furos que Abalariam a República se alguém lesse o Falácias

“O HOMEM QUE COPIAVA”

Conquistar o poder central trás algumas vantagens inusitadas, ou nem tanto, que permitem aos governantes deixar o passado ser apenas isso mesmo – passado – e trabalhar com novos horizontes.

Com o governo Lula, apesar de todas as nossas esperanças alimentadas durante anos em comícios e greves, isso não poderia ser diferente. Pelo menos não depois dos escândalos do primeiro mandato.

Ter o controle de algumas instituições federais permite fazer com que esquemas como o das agências de publicidade ou das empreiteiras se tornem mesozoicamente obsoletos. Que coisa poderia ser mais antiquada do que andar por aí com maletas cheias de dinheiro, se arrastando por lobbies de hotéis cheios de câmeras indiscretas para comparecer a reuniões “republicanas”? E ter que explicar a origem de recursos tão indiscretamente fuxicados pelo Coaf? Que coisa pouco digna!

A Casa da Moeda, tão pouco lembrada por todos nós, por exemplo, pode ser um espólio bastante interessante para aqueles que galgaram em companhia de tantos amigos discretos e prestativos os altos degraus da política.

Prova disso foi um esquema que ainda se mantém silencioso aos ouvidos pouco atentos que cobrem (nos dois sentidos) os movimentos de Brasília.

O funcionário que queria delatar o esquema procurou um operador do PSDB no ano passado, apenas alguns meses antes das eleições presidencias. Marcaram um encontro, para variar, em um hotel de Brasília.

Sobre a cama, o funcionário abriu uma maleta com diversos maços de notas atadas com a fita da Casa da Moeda. Pegou dois desses maços e passou para o operador. Pediu que ele olhasse os números de controle das notas.

Para espanto do operador, eram iguais em ambos os maços.

Para que desviar dinheiro, transferi-lo de conta em conta, mandá-lo através de laboriosos doleiros para o exterior, se se pode apenas imprimi-lo?

O funcionário pedia R$ 1 milhão pelo material. E segurança.

O partido tucano, por algum motivo, não aceitou pagar. O operador repassou o contato para alguns veículos de imprensa que, por outros motivos, igualmente não quiseram pagar pelas provas. A história mofou e ainda espera o momento de ser tornada pública junto com tantas outras que tiram as nossas pudicas inocências.

Um comentário:

ELMO disse...

O furo está dado, Café (quantas piadas). Quando a história estourar, reclame o crédito.

O mais curioso aí é a negação em se divulgar a tramóia. Os motivos podem ser diversos: desde rabo preso até descrédito da tal testemunha. Ou simplesmente o interesse de ter uma carta na manga para uma data mais propícia. Aguardemos.