O Cecconi sempre foi um gaudério bigodudo escondido sob a pele de um branquelo careca do Alto da Bronze. E ele voltou às raízes sem nunca lá ter estado.
Eu sempre fui um exibido metido à besta. E sigo cultivando a tradição.
Movido por essa força imensa, eu tenho de registrar que conheci o Robert de Niro.
É isso. Obviamente, ele não me reconhecerá na rua. Mas por uns quarenta minutos eu estive na mesma sala que o Poderoso Chefão.
Na sexta-feira, o Taxi Driver esteve na minha aula para dar uma promovida no festival de cinema que ele organiza no bairro onde mora e onde fica a academia, TriBeCa.
Entrou, como se ninguém fosse se jogar em cima dele para pedir autógrafos. Sentou no auditório e conversou uns vinte minutos como qualquer mortal faria para divulgar uma mostrinha mequetrefe de filmes ruins.
Sentou lá. Colocou os pés em cima de uma cadeira. E falou.
Ele se parece com qualquer senhor de 64 anos. Meio curvado, mas com aquele olhar de chefão mafioso ou de taxista psicopata que pode te matar a qualquer momento.
Respondeu algumas perguntas do pessoal do curso de atuação. Uns quarenta minutos depois de ter chegado, se levantou agradeceu e foi embora. Sem estardalhaço. Sem robuliço.
Como um simples mortal.
(Talvez ele até fosse apreciar os prazeres do mate pura folha.)
quarta-feira, 25 de julho de 2007
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Um comentário:
Café, você conheceu meu ator favorito. Robert De Niro é um dos melhores (junto com Nicholson, Pacino e D. Hoffman) atores do cinemão comercial americano. Mas não é um dos "maiores". Não é uma estrela. Sempre resguardou bastante sua vida pessoal (você sabia que ele namorou a Naomi Campbell e a Ashley Judd?) e manteve o tal low profile. Arriscou (e às vezes errou) em escolhas de papéis e dirigiu filmes inteligentes e sutis. Que inveja!
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