segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pai adestrador

Lembrei esses dias de uma teoria muito inteligente, mas que vocês vão concordar comigo ser pouco humana, que o PV costumava propagandear durante a faculdade.

Ele contava de uma primo ou uma prima dele que tinha um filho que, segundo o PV, seria a criança mais bem-educada do mundo. Um moleque que não choraria, não reclamaria de nada e saberia o significado da palavra não.

Eu duvido que uma criança assim exista. Nada de "a-gente-já-tá-chegando?" ou "eu-quero-um-presente".

Mas o PV contava sobre esse ser mitológico e explicava o motivo para o comportamento supra-humano do priminho. Os pais, quando a criança era bebê, deixavam ele chorar até cansar ou chegar a hora de mamar (o que viesse primeiro).

Eles agüentavam no osso do peito (com a complacência dos vizinhos) os choros durante noites inteiras até que o moleque aprendeu que chorar não adianta. Afinal ele tinha os pais mais insensíveis do mundo e nada que rolasse dos olhos dele ou saísse de sua garganta parecia capaz de mudar esse cenário fatalista.

Queria saber no nosso amigo se a teoria está sendo colocada em prática no interior de São Paulo.

Devo fazer uma ligação para o Juizado da Infância e da Adolescência ou tu abriste mão da teoria?

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